quarta-feira, outubro 27, 2010

Hã? O que foi...... aquela coisa? [2]

Não nego que sempre tive medo daquela montanha, não o motivo exatamente.Talvez fossem os rumores de ser um lugar assombrado e as coisas que as pessoas dizem sobre o que não conhecem. Não sei, sei que alguma coisa naquela montanha parecia ser assustador.

Sozinho, curioso e cansado, fui rumo àquele sinal. Que que eu to fazendo? Deve ser só mais um fenômeno da natureza e não deve ter nada, absolutamente nada, lá. Mas quem se importa com isso? Não tem nada melhor pra fazer mesmo. É, mas tava batendo um sono............. Enfim, àquela hora, era bom que eu me apressasse um pouquinho. Já era tarde, bem tarde mesmo.

Naquele longo percurso, ia me enchendo de questionamentos e, à medida que estes cresciam, o caminho parecia ficar mais e mais complicado. Mas será possível? Até esse caminho é capaz de perceber o quão confusa está a minha mente. Se bem que isso é bem óbvio......... Não havia mais ninguém para me ajudar a organizá-la. Que saudades do mestre. Que sono que eu tava.

Depois de certo tempo naquele caminho torto e complicado, cheguei a origem daquele estranho sinal. Era um lugar com uma atmosfera incrível, muito aconchegante. Dava pra sentir que existia algo diferente ali. Talvez fosse disso que o povo tanto falava. A grande dúvida era: o que teria originado aquele sinal estranho? Nossa, que sono era aquele que eu tava?

domingo, outubro 24, 2010

Hã? O que foi...... aquela coisa?

Será que tudo aquilo era apenas saudade do meu velho mestre? Aquela vontade de saber as coisas que aconteceram com ele, conhecer a fundo as histórias da vida dele. Penã não poder simplesmente perguntar a ele. Por que é tão difícil superar sua partida? Ah, o dia já tá acabando, é melhor ir dormir um pouco.

Deito na cama e lá tento esquecer o dia estressante, chato, triste, tedioso e depressivo, assim como vem sendo todos eles. Uma exceção de vez em quando pode até ser bom. Será mesmo? Pode haver algum choque. É, mas o choque pode melhorar um pouco as coisas. Não conseguia dormir (sério!? conta uma novidade por favor) e, por causa disso, fiquei rolando na cama durante horas. Chega, desisto. Vou caminhar um pouco por aí. Velho mestre, por que? Entristecedor saber que não mais me ouve.

Às vezes, acho que não é bom pensar tanto naquele dia. É inconsciente, esquece isso. E pensar que tudo que eu queria era um atalho. Este caminho é tão extenso e desagradável. Há trevas em todos os lugares, não dá pra saber quanto falta para sair daqui. Grande Ancião, diga-me o por que disso. Mas, pra que recorrer tanto a ele? Simples, ele era a mão que me conduzia rumo a luz, a verdadeira.

Ah! Velho Tigre, perdoe-me por ser fraco, peço perdão por não ter correspondido às suas expectativas. Peço desculpas por ter sido a sua última perda de tempo. Ei!!! Espera, o que é aquilo na montanha? Não pode ser. Será mesmo? Por que ficar me iludindo? É claro que não é. Mesmo assim, não custa nada ir até lá checar.

domingo, outubro 17, 2010

Lamentos/ Carta ao Tigre

Ó Grande Tigre que nos céus repousa, não sabes como fazes falta neste mundo vazio e gelado. Será que tens alguma noção da saudade que teus conhecimentos me deixaram? Por mais que minha atenção não fosse a necessária, vejo agora que tolo fui. Como pôde tamanha sabedoria ser simplesmente ignorada por minha pequena cabeça?

Ó Lendário Sábio que nas terras descansa, espero que possa perdoar uma pobre alma ignorante que mais se preocupava em seguir suas próprias convicções a tentar entender palavras tão magistrais como as tuas sempre foram. Não tens idéia da falta que meu pequeno coração tem daqueles agradáveis conselhos teus. Por que tu tiveste de ir embora tão cedo mestre? Sei que disseste para me adaptar a essa realidade, mas como posso fazê-lo se, a cada passo por mim dado, a aplicação de seus conhecimentos, de todas as maneiras possíveis, é vista? Como pôde tamanha sabedoria ser ignorada por esse meu pequeno cérebro?

Ó Remestre dos Anciães que na minha mente dorme, percebo, neste pequeno arrependimento, a dor que é não valorizar algo enquanto estamos ao seu alcance. Do sofrimento que estou passando agora, mesmo com toda a tua experiência, não tens sequer noção. Minha vida depois que partiste é isso, arrependimentos atrás de arrependimentos. Sabes que não é muito fácil carregar um peso com estas proporções nas costas. Assim encerro este pequeno lamento, deixando bem claro um fato: Saibas que, não vejo a hora de morrer para poder me juntar a ti mais uma vez. Quem sabe o peso da morte não anularia os outros? Adeus, Sábio Tigre Ancião