terça-feira, outubro 29, 2019

Monstros


Há histórias para todos os tipos de leitores. Há aquelas com palhaços e monstros. Há algumas felizes e outras que são pura destruição. Umas alegram, outras nem tanto. Todas enriquecem a alma e existem para todos os gostos.
Era bom vê-los, os sorrisos estavam presentes e todo o mundo sumira. Éramos nós apenas, e não houve nada mais agradável. A realidade fugira, estava longe, a fantasia tomara de conta. Formam-se conexões, fortalecem-se outras delas. Era bom tê-los.
Fantasias se desfazem, a realidade volta cruelmente e traz seus monstros com ela. Os monstros me assombram e me deixam sem ação. Tenho dúvidas quanto à minha força, pergunto-me sobre quem sou. Afinal, qual seria essa resposta? O que venho me tornando? Serei eu o pronome que aprendi a lidar? Realidade, fique longe, imploro-te. Chega de me assustar com suas verdades frias. Sinto frio e meus ossos todos se congelam, meu cérebro não me responde com a velocidade que me acostumei. Realidade, fique longe, por favor.
Engano-me, a realidade não é um ser que simplesmente pode ir embora, engano-me porque não sei o que faço nem o que farei. Meus monstros de estimação me pressionam, me deixam inapto para o que quer seja. Estou caminhando em círculos e minhas pegadas me incomodam. Esse desenho é um ciclo vicioso, que será que se tornará?
Onde está minha força de outrora? Aliás, tive força outrora?
Pergunto-me, o que andei fazendo, que sofrimentos venho causando, que cabeças estou bagunçando? Meus monstros internos me intimidam e me deixam incapacitado. Seria eu meus próprios monstros? Afinal, meu cérebro é o responsável por alimentar todos esses monstros? Apesar de tudo o que digo, afinal, o monstro sou eu?

sexta-feira, outubro 11, 2019

Labirinto

Chateio-me, entristeço por chatear-me, derrubo-me. Lembro-me, alegro-me, ergo-me. Chateio-me, escrevo-me, derrubo-me. Alegro-me, perco-me, procuro-me. Chateio-me, entristeço-me, odeio-me. Amo-me, entristeço por amar-me, derrubo-me.
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Erga-me? Alegra-me?