Há
histórias para todos os tipos de leitores. Há aquelas com palhaços e monstros.
Há algumas felizes e outras que são pura destruição. Umas alegram, outras nem
tanto. Todas enriquecem a alma e existem para todos os gostos.
Era
bom vê-los, os sorrisos estavam presentes e todo o mundo sumira. Éramos nós
apenas, e não houve nada mais agradável. A realidade fugira, estava longe, a
fantasia tomara de conta. Formam-se conexões, fortalecem-se outras delas. Era
bom tê-los.
Fantasias
se desfazem, a realidade volta cruelmente e traz seus monstros com ela. Os
monstros me assombram e me deixam sem ação. Tenho dúvidas quanto à minha força,
pergunto-me sobre quem sou. Afinal, qual seria essa resposta? O que venho me
tornando? Serei eu o pronome que aprendi a lidar? Realidade, fique longe,
imploro-te. Chega de me assustar com suas verdades frias. Sinto frio e meus
ossos todos se congelam, meu cérebro não me responde com a velocidade que me
acostumei. Realidade, fique longe, por favor.
Engano-me,
a realidade não é um ser que simplesmente pode ir embora, engano-me porque não
sei o que faço nem o que farei. Meus monstros de estimação me pressionam, me
deixam inapto para o que quer seja. Estou caminhando em círculos e minhas
pegadas me incomodam. Esse desenho é um ciclo vicioso, que será que se tornará?
Onde
está minha força de outrora? Aliás, tive força outrora?
Pergunto-me,
o que andei fazendo, que sofrimentos venho causando, que cabeças estou
bagunçando? Meus monstros internos me intimidam e me deixam incapacitado. Seria
eu meus próprios monstros? Afinal, meu cérebro é o responsável por alimentar
todos esses monstros? Apesar de tudo o que digo, afinal, o monstro sou eu?